As granjas de suínos no Brasil alcançaram um marco significativo, com mais de 90% de taxa de parição, resultado da crescente adoção de técnicas de inseminação artificial. Atualmente, mais de dois milhões de matrizes tecnificadas no país são inseminadas, refletindo uma transformação notável desde os anos 90, quando a inseminação artificial começou a se consolidar como a biotecnologia mais importante na reprodução suína.

Esse avanço permitiu que muitas granjas mantivessem uma média anual de parição entre 92% e 93%, um índice extraordinário no setor. Apesar desse sucesso, o desafio contínuo é sustentar e otimizar essas taxas ao longo do tempo, aprimorando as operações de manejo reprodutivo. "A eficiência reprodutiva é impressionante, mas manter esses índices elevados exige uma constante otimização das operações," afirma o Dr. Fernando Bortolozzo, especialista em Reprodução Animal e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O evento Simpósio Internacional de Suinocultura, realizado em julho, destacou essas questões, com palestrantes discutindo as perspectivas futuras para a reprodução suína. Bortolozzo enfatizou a importância da interação entre manejo nutricional e reprodutivo, especialmente nas empresas de genética, que fornecem orientações específicas para garantir o sucesso reprodutivo.

Entre os principais avanços na inseminação artificial, a evolução logística nas centrais de inseminação tem sido crucial. As centrais de inseminação artificial (UDGs) tornaram-se mais eficientes, oferecendo doses de sêmen de alta qualidade, embora ainda existam desafios a serem superados, como o controle rigoroso de qualidade e a logística de transporte.

Com o futuro apontando para a integração de inteligência artificial e machine learning, espera-se que a suinocultura continue a otimizar seus processos reprodutivos, consolidando o Brasil como um líder global em eficiência e inovação na produção suína.

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